Projeto Canivete eleva para 25 arrobas ganhos em fazendas do MT

Segundo o professor Moacyr Corsi, um dos módulos de uma propriedade parceira do projeto já alcançou a casa das 25 @/ha/ano, o que faz com que o desafio seja maior.

Um projeto iniciado em 2013 voltado para o aumento da produtividade sustentável de mais de 20 fazendas de pecuária de corte localizadas do Sudeste do Mato Grosso está buscando elevar sua produtividade média para 25 arrobas por hectare ao ano. Trata-se do Projeto Canivete, desenvolvido pela Nutripura Nutrição Animal e Pastagens, com sede em Rondonópolis-MT, e que conta com a linha de Pastagem da Dow, empresa integrante da Aliança da Produtividade, como parceira.

A iniciativa foi assunto em destaque do programa Giro do Boi desta terça-feira, 08, que contou com a participação do professor e doutor em Ciência Animal e Pastagens, Moacyr Corsi. O agrônomo, que é o coordenador da ação, contou em entrevista a história do projeto, cujo nome é inspirado no “Canivete Suíço”, um comparativo ao pequeno dispositivo de bolso que atende diversas necessidades em qualquer tipo de situação com ferramentas adequadas.

O objetivo do Projeto Canivete é elevar o resultados da pecuária de corte aos níveis dos colhidos pela agricultura. O planejamento inclui explorar ao máximo o potencial das pastagens e já trouxe a produtividade média das fazendas integradas para a média das 12 a 17 arrobas por hectare ao ano. Mas a meta é mais audaciosa. Segundo o professor Moacyr Corsi, um dos módulos de uma propriedade parceiras do projeto já alcançou a casa das 25 @/ha/ano, o que faz com que o desafio seja maior.

“Uma grande porcentagem de fazendas tem um rendimento médio de 12 a 17 arrobas por hectare, sendo que em uma das propriedades, em um dos módulos, o lucro operacional foi de 25 arrobas por hectare ao ano. Então é justo que a gente consiga pensar em uma meta acima das 17”, estimou Corsi. Para um futuro próximo, o coordenador da iniciativa tem expectativas ainda maiores. “A gente tem obtido resultados muito bons, fazendo os produtores acreditarem que é  possível alcançar  50 arrobas por hectare ao ano com lucratividade”, previu o professor da Esalq-USP.

Para que a fazenda seja escolhida para fazer parte do projeto, é necessário entrar em contato com as equipes responsáveis e agendar uma visita com os técnicos que analisam a propriedade e oferecem um plano estratégico. Deste modo, o pecuarista consegue prever o valor do investimento a ser aplicado e pode decidir em qual  área de sua fazenda aplicará os protocolos.

Em meio à entrevista ao apresentador Mauro Sérgio Ortega, o professor ressaltou a necessidade de elevar o nível de aplicação de tecnologias porteira a dentro para elevar a competitividade da pecuária de corte. “Se nós não aplicarmos tecnologia que eleve a produtividade e a lucratividade aos níveis das outras atividades, a pecuária pode ficar contida em áreas marginais. E não há justificativa para que a pecuária seja colocada nessa condição de inferioridade técnica. Nós temos tecnologia para que se torne uma alternativa muito forte e robusta num sistema de produção na fazenda”, declarou.

Veja mais detalhes do Projeto Canivete na entrevista completa com Moacyr Corsi pelo vídeo abaixo:

 

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