Por que o pecuarista deve criar um jeito de premiar colaboradores por resultados?

Entenda a diferença de prêmio de participação nos resultados e nos lucros e como eles podem incentivar a busca por redução de custos e aumento de produtividade

Meritocracia, um programa de prêmio de participação nos resultados ou prêmio de participação nos lucros. Independente do modelo escolhido, “o que importa realmente é remunerar o colaborador de acordo com o desempenho dele, com a produtividade e da forma que ele mereça, por mérito”, insistiu Jacqueline Lubaski, pedagoga, jornalista e consultora em gestão de pessoas e desenvolvimento humano em empresas rurais na Destrave Desenvolvimento.

A especialista falou sobre a criação de um programa de remuneração variável no quadro Gestão de Pessoas na Fazenda, que foi ao ar nesta sexta, 25.

Eu já pago o salário dessa pessoa. Eu preciso assim mesmo criar um programa com um plano de remuneração variável, de participação nos lucros ou resultados?”, disse a especialista, ilustrando eventual dúvida do gestor. Para Lubaski, a resposta é sim. A ideia é que o produtor possa usar as ferramentas de avaliação e feedback para, a partir delas, instituir o programa.

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“Eu compreendo porque é mais difícil medir (os resultados) do que é, por exemplo, na agricultura, que vem muito forte nisso e tem feito um trabalho belíssimo e com pessoas que têm menos rotatividade, de modo geral”, ponderou Lubaski. Para ajudar o pecuarista com esta gestão, a consultora listou duas formas para um programa de remuneração variável por mérito: prêmios de participação nos resultados e prêmios de participação nos lucros.

Lubaski começou explicando o primeiro modelo. “Qual resultado que você quer? É de prenhez, de desmama, é de ganho de peso, mortalidade, arrobas produzidas, cabeças produzidas a mais por hectare? A regra é sua, você tem livre arbítrio para criar esta regra na fazenda, mas ela tem que ser clara. Não tem que estar só na sua cabeça. […] Como o colaborador vai ganhar? É em cima de quê? Existe uma meta? Esta é a sua oportunidade para criar metas para que estas pessoas estejam imbuídas em sempre buscar um pouco mais. Então este é prêmio em cima de resultados”, explicou.

“Existe também o prêmio de participação nos lucros, que é em cima do número, do lucro real. Por exemplo, em cima do lucro real, eu vou dividir uma porcentagem entre meus funcionários. E lembre-se, gente: todos os funcionários”, frisou. “É importante porque independente do trabalho que ele faz, o que ele está fazendo lá é de extrema importância e necessário porque se não fosse, você não deveria ter contratado. Então a partir do momento que você contratou esta pessoa, ela é importante dentro do seu negócio, da sua operação”, esclareceu.

Quanto ao colaborador, Lubaski respaldou como ele deve entender o programa. “‘Mas Jacqueline, eu não tenho culpa! Eu fiz todo o meu trabalho. Por que eu não recebi o bônus?’ Por isso a empresa paga o seu salário. Para você fazer o seu trabalho. A meritocracia e o prêmio de participação nos resultados é um plus para a gente se esforçar para ter menos custo e maior produtividade”, salientou.

“Quando você conseguir casar estas duas coisas, um custo baixo e uma entrega eficiente, uma maior rentabilidade, isso é mérito. E, com certeza, vale a pena inserir esta ferramenta dentro da sua fazenda porque o resultado vai ser muito maior e muito melhor”, acrescentou.

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Confira a edição completa do quadro Gestão de Pessoas na Fazenda:

 

 

 

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