Pecuária ganha soluções para 80% dos problemas causados por plantas daninhas

Soluções atendem ainda um compromisso global de sustentabilidade, que prevê aumento da produção de alimentos reduzindo o impacto ambiental

O salto de 2018 até 2021 foi expressivo. Ao passo que há três anos o pecuarista tinha à sua disposição soluções no mercado para cerca de 30% de todos os problemas causados pelas plantas daninhas dentro de sua porteira, atualmente até 80% dessas situações indesejáveis já têm “remédio”. Foi o que confirmou em entrevista ao Giro do Boi nesta quinta, dia 17, o o engenheiro agrônomo Paulo Pimentel, líder de marketing da linha de pastagens da Corteva Agriscience.

“Há três anos, quando a gente lançou a tecnologia XT, dos problemas que o pecuarista tinha com plantas daninhas, dos desafios que ele tinha para produzir, o mercado só conseguia resolver 30%. Mas com os lançamentos que nós tivemos de 2018 até agora, contando com o XT-S, o mais recente deles, a gente conseguiu elevar para 80% de solução para esses problemas que o pecuarista tem em sua fazenda. Então para você, pecuarista que está nos assistindo, se você encontrar desafios com infestação de plantas daninhas, de degradação por plantas daninhas que estão afetando as sua produtividade, o seu negócio, a Corteva tem solução para 80% desses problemas e vai dar mais eficiência para o resultado da sua propriedade”, confirmou Pimentel.

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O especialista lembrou do caminho trilhado pela companhia desde o lançamento da inovação proposta na linha XT, em 2018. “A gente começou essa jornada lá atrás. A gente desenvolveu duas misturas triplas numa mesma formulação. […] A primeira foi a XT, que nós lançamos em 2018, e essa agora que nós estamos chamando de XT-S. O que muda de uma para outra é um ativo: a XT tinha o triclopir e o XT-S tem fluroxipir. A gente está trazendo o XT-S para o mercado porque essa nova formulação com fluroxipir traz benefícios interessantes para situações de infestações de difícil controle e a gente tem uma solução interessante para o pecuarista manejar esse tipo de problema e fazer com que uma área de difícil controle se torne uma área produtiva. Esse é o propósito da Corteva: trazer novos lançamentos. A gente lançou também a tecnologia Ultra-S no ano passado, um sucesso absoluto. E estamos nesse rumo para uma produção de carne mais eficiente e responsável no Brasil. Esse tipo de solução é super importante”, recordou Pimentel.

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O agrônomo ilustrou a eficiência do controle das plantas daninhas proposta pelos produtos da linha XT-S. “Essa é uma área que estava super preguejada. É uma área no Norte do País, no Pará. É uma área onde a produção do capim era inibida, a infestação fazia com que o capim não conseguisse sair. E esse é um exemplo de uma área de baixíssima produtividade no Brasil. A gente mediu a produtividade dessa área e ela estava produzindo menos de três arrobas por hectare ao ano. É uma produtividade baixíssima porque o boi não consegue achar o capim no meio de todas essas pragas de difícil controle” mostrou Paulo. Veja abaixo a foto da área improdutiva por conta da infestação por plantas daninhas:

Pimental comentou também a transformação pela qual a área passou após o controle das plantas daninhas que a infestavam. “Mas é fundamental para a pecuária no Brasil se manter firme, se manter forte e a gente conseguir aproveitar o momento importante nessa questão do mercado da carne, que está muito aquecido, tanto internamente quanto externamente. […] A gente deve levar uma área como essa, bem praguejada e de baixa produtividade, para uma área produtiva. […] Essa foto, especificamente, foram 140 dias depois do tratamento, então existe um retorno. Ela já foi pastejada, inclusive, quando tiramos essa segunda foto. […] O pecuarista, para resolver o problema do lado esquerdo, teria que roçar, mas essa é uma situação difícil, iria roçar o capim também. Então o herbicida é uma solução muito importante dentro do caminho do pecuarista, de resolver um problema e fazer com que uma área improdutiva vire produtiva. Esse é um exemplo muito legal de uma área do Pará. E para se ter uma idea, essa segunda área produziu 15 arrobas por hectare ao ano. Então a gente levou uma área de três para 15 arrobas por hectare ano, que é uma coisa muito positiva”, destacou. Veja abaixo a área da fazenda no Pará depois do tratamento com o herbicida da linha XT-S:

Pimentel também salientou a facilidade da aplicação do XT-S, cuja eficiência pode ser posta em prática por meio de diversas ferramentas e implementos. “Essa é uma outra vantagem da tecnologia. Ela tem registro para todas as modalidades de aplicação: costal, tratorizada, aplicação áerea. Ela também é uma tecnologia que vem com uma taxa toxicológica muito interessante, que faz com que ela cause menos efeito nos aplicadores e […] permite flexibilidade para o pecuarista na hora de aplicar”, reforçou.

Os princípios ativos combinados no XT-S também tiram a necessidade de o produtor fazer a própria mistura para resolver seus problemas de infestação por plantas daninhas. “Está dentro da flexibilidade. […] Se não fosse a tecnologia XT-S, o pecuarista teria que fazer uma série de misturas, o que é muito complicado na hora de manejar isso no momento da aplicação porque ele pode errar um produto, pode se confundir com outros produtos e a gente já viu muitos problemas nesse sentido. E quando você tem uma tecnologia que você pode usar apenas um produto com uma determinada dose, isso faz com que se tenha uma flexibilidade melhor para o momento da aplicação, o que é muito positivo para o pecuarista”, acrescentou.

Com o novo princípio ativo adicionado à sua fórmula, o herbicida para pastagem também aumentou seu espectro de controle. “A adição do fluroxipir nesta formulação […] permitiu que a solução buscasse outras plantas daninhas que causam muitos problemas e que ela fosse muito efetiva nessas plantas daninhas. Então o XT-S tem um amplo espectro de controle. O produto vai controlar diversas plantas daninhas que causam muitos danos aos pecuaristas”, apontou.

Além de ser uma solução para a pecuária de corte, a tecnologia está dentro de um pacote de soluções da Corteva que estão comprometidas com a sustentabilidade do planeta. Ou seja, aumentando a produção da pecuária em uma mesma unidade de área, é possível alimentar o mundo causando menos impactos ambientais. “A Corteva lançou um compromisso de sustentabilidade, um conjunto de metas globais para 2030. […] Estamos nessa pelos agricultores, estamos nessa pelo bem da Terra, pelas comunidades e pelas operações. A Corteva se comprometeu em fazer ajustes nesse sentido de abranger uma ampla gama de iniciativas para agricultores, para a Terra, para comunidades onde funcionários e clientes vivem e trabalham em suas próprias operações. Isso é fundamental para o setor produtivo e para a sociedade de uma forma geral. Essas metas de sustentabilidade para 2030 incluem melhorias na saúde do solo, produtividade na fazenda, ações climáticas, manejo de água, entre outras coisas, como biodiversidade, transparência na cadeia produtiva de suprimentos e segurança no trabalho. E geralmente quando vem uma meta de sustentabilidade global a gente precisa adequá-la ao negócio local, ao negócio de pastagem”, constatou Pimentel.

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O líder de marketing da linha de pastagem da Corteva explicou como as metas globais se adaptam à realidade brasileira da produção de pastagem para a pecuária de corte. “E como isso se aplica à gente? É fundamental para o Brasil que a gente consiga trazer maior eficiência na produção de alimentos, seja na pecuária ou agricultura. A população cresceu muito no Brasil e no mundo e a demanda por alimentos nisso também cresceu bastante. E a gente criou uma plataforma de sustentabilidade que estimula exatamente isso. Ela pressiona, por exemplo, a própria Corteva, que lançou aqui numa linha de produtos mais sustentáveis, mais concentrados, que permite uma operação melhor tanto de nossa parte na produção quanto para o pecuarista na utilização. Ele vai rodar menos para levar produto nas áreas porque o produto é mais concentrado. E aí está um exemplo interessante disso, a gente vê que a população do Brasil saiu de 93 milhões (anos 1970) e vai para 250 milhões em 2050. Como é que a gente maneja a alimentação das pessoas, que passaram a comer mais carne no Brasil, que eram 22 kg per capita ao ano na década de 1970, passa para 32 kg por pessoa/ano agora e nós devemos estar comendo 45 kg per capita ao ano em 2050? Então a produção de carne no Brasil vai ter que aumentar. E como é que se aumenta isso com uma área limitada? Eram 61 milhões de hectares (anos 1970), hoje são 167 milhões de hectares e para quanto irá em 2050 para produzir os 15 milhões de toneladas que são necessários para alimentar o Brasil e o mundo? Esse é o grande desafio”, apresentou.

 

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“Então essa é a mensagem que a gente deixa, todos esses lançamentos que nós tivemos até agora, todo esse investimento de mais de dez anos, é muita resiliência, mas esse é o compromisso da Corteva com o mercado e a gente conseguiu evoluir a solução do nosso portfólio para resolver 80% dos problemas de plantas daninhas, da degradação por plantas daninhas nas fazendas de pecuária do Brasil […]. E nós já temos o produto disponível para o mercado”, concluiu o agrônomo.

A entrevista completa com Paulo Pimentel está disponível no player a seguir:

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