Dados da Ponta Agro revelam que pecuaristas do Sudeste lucraram até R$ 900 por cabeça em abril
Após uma semana de conteúdos técnicos sobre o confinamento, o Giro do Boi encerra a série com chave de ouro: falando de mercado. Afinal, não adianta produzir com eficiência e sair no prejuízo na hora de vender. Segundo levantamento da Ponta Agro, o mês de abril trouxe excelentes notícias para quem investiu na engorda intensiva: pecuaristas da região Sudeste lucraram até R$ 900 por cabeça confinada, enquanto no Centro-Oeste o ganho ficou próximo de R$ 700 por animal.
Quer entender o que influenciou esse desempenho? Acompanhe as análises do zootecnista Paulo Dias, CEO da Ponta Agro e referência nacional em gestão pecuária de alta performance.
Entrada no cocho foi antecipada com alta da arroba
A valorização da arroba foi o grande motor para aquecer a atividade este ano. Segundo Paulo Dias, o gado entrou no cocho com até dois meses de antecedência em comparação a 2024. Isso mostra a confiança do produtor nas margens do mercado e a eficiência da gestão dentro da porteira.
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“Fizemos a eficiência do confinamento bombar. O mercado respondeu e o pecuarista soube aproveitar”, destacou o especialista.
Dieta mais técnica e tendência de queda nos custos
Outro ponto positivo foi o avanço no manejo nutricional. Os confinamentos do Sudeste chegaram a utilizar até 14 ingredientes diferentes na formulação das dietas, enquanto o Centro-Oeste optou por produtos mais nobres e concentrados. A expectativa é de redução nos custos com alimentação, especialmente com a safrinha de milho prometendo recorde.
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Por outro lado, os estoques globais ainda baixos podem evitar uma queda brusca nos preços do grão, o que exige cautela no planejamento de compras.
Tecnologia, dados e genética puxam o resultado
Além da nutrição, a ciência de dados aplicada ao confinamento vem garantindo decisões mais precisas. Segundo Paulo, a gestão eficiente tem ajudado os produtores a aproveitarem ao máximo o potencial dos animais — ainda mais com o melhoramento genético impulsionado pela demanda chinesa, que exige carcaças de alta qualidade.
“Hoje, o produtor que trabalha com planejamento, dados e tecnologia consegue extrair lucro mesmo com cenários desafiadores”, afirma.
Gestão de insumos é chave para o sucesso no cocho
Para fechar o ciclo do confinamento com lucro, é preciso estar atento às estratégias de aquisição de insumos, seja ração, milho ou suplementos. O segredo está em comprar bem e vender melhor. E isso passa por leitura de mercado, acesso a informações confiáveis e controle dos custos por cabeça engordada.
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