ALERTA SANITÁRIO

Clostridioses: fim da aftosa faz reaparecer doenças quase que extintas no rebanho brasileiro

Confira os detalhes na entrevista com o zootecnista Jorge Espanha, diretor-presidente da Vetoquinol Saúde Animal

Clostridioses: fim da aftosa faz reaparecer doenças quase que extintas no rebanho brasileiro
Clostridioses: fim da aftosa faz reaparecer doenças quase que extintas no rebanho brasileiro

Com o fim da vacinação da febre aftosa em grande parte do País, surge um novo alerta sanitário no País. Doenças que eram consideradas já controladas passam a ressurgir com força em algumas áreas. Assista ao vídeo abaixo e confira.

O zootecnista Jorge Espanha, diretor-presidente da Vetoquinol Saúde Animal, fez esse alerta durante o programa Giro do Boi, desta terça-feira, 19.

Para ele, muitos pecuaristas estão afrouxando as rédeas nos cuidados sanitários e que não podem ser deixados de lado.

Uma das doenças oportunistas como as clostridioses. Trata-se de uma doença bacteriana que pode levar o boi à morte em até 24 horas.

Cresce impacto de doença bacteriana no rebanho

As clostridioses são causadas pelo gênero de bactérias chamadas tecnicamente de Clostridium sp. Existem ao redor de 100 espécies de Clostridium sp. distribuídas em áreas geográficas distintas, segundo a Embrapa.

Muitas dessas bactérias são constituintes da microbiota intestinal dos animais e humanos. 

A prevenção é a única saída para o pecuarista livrar o seu rebanho deste mal. Dentro desse manejo estão a adoção de boas práticas agropecuárias e a vacinação.

Entre as boas práticas, destacam-se um fornecimento de silagem e água de boa qualidade e a preocupação de retirar todo animal morto da propriedade.

Calendário da aftosa: onde deixa de se vacinar

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a paralisação de vacinação contra a febre aftosa em sete Estados a partir de abril de 2024.

Os Estados que param de imunizar são Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe, pertencentes aos blocos II, III e IV.

A confirmação oficial será publicada no Diário Oficial da União, e a última etapa será antecipada de maio para abril de 2024.

Essa decisão faz parte do Plano Estratégico, que busca manter o país livre da febre aftosa e expandir as áreas sem vacinação, protegendo o gado nacional e beneficiando a sociedade brasileira.

Atualmente, apenas alguns Estados têm certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Onde ainda se vacina contra a febre aftosa no ano que vem?

A campanha de vacinação em maio e novembro de 2024 continuará em outros Estados, e os produtores devem adquirir as vacinas em locais autorizados, mantendo-as entre 2°C e 8°C.

A aplicação deve ser feita com agulhas novas, preferencialmente nas horas mais frescas do dia.

Os produtores também devem declarar a vacinação ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado nos prazos estipulados.

Sair da versão mobile