Campanha educativa sobre vacinação contra aftosa atinge 225 mil pessoas em um mês

Diretor de relacionamento da JBS com o pecuarista, Fábio Dias, faz balanço das atividades desenvolvidas em 2017, como a campanha "Vacina, peão!" e o desempenho dos CETAPs

A campanha educativa de vacinação contra aftosa “Vacina, peão!”, assinada pela Ação Vacinando no Alvo, do departamento de originação da JBS, atingiu mais de 225 mil pessoas em menos de um mês no ar. O número foi passado hoje pelo diretor de relacionamento da indústria com o pecuarista, o zootecnista Fábio Dias, em entrevista concedida ao apresentador do Giro do Boi, Mauro Sérgio Ortega.

“A gente mudou a linguagem, jogou de uma forma diferente a comunicação com o objetivo claro de fazer alguma coisa para diminuir o problema de reação vacinal em áreas com carne, ou seja, no músculo”, relembrou o zootecnista. O vídeo da campanha (veja abaixo), que foca em quatro pontos para melhorar o manejo (vacinar na tábua do pescoço, de forma subcutânea, com agulha adequada e sem pressa) foi visto por 225 mil pessoas pelo Facebook. “Em menos de 20 segundo o vídeo passa a mensagem completa e ela é muito forte. Todo mundo que for vacinar o gado precisa lembrar disso porque o maior problema é muito mais simples de resolver do que parece”, complementou.

O diretor aproveitou ainda o espaço para fazer um balanço do cenário da pecuária de corte em 2017. “O que chamou a atenção nesse ano foram os preços dos insumos, que estavam muito atrativos, e o milho puxou esse movimento junto com o preço da reposição. O negócio de pecuária, principalmente de engorda, depende de alimentos e reposição e esses dois fatores tiveram em um ano bom para quem estava comprando. Isso favoreceu as margens na engorda mesmo com instabilidade na comercialização pela volatilidade maior de preços de venda. Foi um bom ano nesse sentido, ano de boas margens”, resumiu o zootecnista.

O executivo aproveitou para fazer um balanço do desempenho dos Cetaps, os Centros de Tecnologia da Aliança da Produtividade, cuja parceria das empresas integrantes ativou três confinamentos (em Guaiçara, São Paulo, Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, e Terenos-MS) com um modelo de negócios mais inclusivo para pequenos e médios pecuaristas viabilizando a terminação intensiva para estes produtores.

Na unidades de Guaiçara, por exemplo, foram abatidos até aqui 2.787 animais com um ganho médio diário de 1,74 kg, produção total de 7,4@ e eficiência biológica de 137,92 kg de ingestão de matéria seca por arroba. Já em Lucas do Rio Verde, foram 6,8 mil animais abatidos com GMD de 1,69 kg, produção total de 7,7@ e eficiência biológica de 144 kg de matéria seca ingerida por produção de uma arroba. “Eu gosto muito destas 7,7@ produzidas por animal dentro do confinamento. Se a gente olhar um pouco para trás, se pergunta quanto tempo demorava para produzir sete ou oito arrobas. Era necessário um ano e meio, dois anos a pasto. Agora a gente está fazendo em 90 a 100 dias. Esse é o confinamento brasileiro, aumentando a janela de tempo de cocho, com animais entrando um pouco mais leves e ganhando sete a nove arrobas por animal. É fantástico!”, aprovou o zootecnista.

Fábio Dias destacou também o crescimento da demanda por animais de qualidade para a produção de carnes com valor agregado. “Os programas de remuneração por animais de qualidade foram se perpetuando e crescendo mês a mês”, aprovou o diretor.

Veja a entrevista do executivo na íntegra pelo vídeo abaixo:

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