CONTROLE PARASITÁRIO

Bicheira ainda é um grande desafio na pecuária brasileira. Saiba como se livrar desse mal

Confira as recomendações para evitar a bicheira em bovinos do zootecnista Jodeyr Costa, coordenador de território da Boehringer Ingelheim para os Estados do Ceará e Piauí

A miíase ou bicheira, como é mais conhecida, são infecções causadas pela espécie de mosca varejeira ou mosca da bicheira. O impacto deste parasito é alto nas fazendas do País: R$ 2 bilhões é o prejuízo estimado. Assista ao vídeo abaixo e saiba como controlar esse mal.

Quem deu detalhes sobre o controle da miíase nos bovinos foi o zootecnista Jodeyr Costa. Ele foi o entrevistado do programa Giro do Boi desta quarta-feira, 22.

“A mosca gera muitas perdas de produtividade no gado de corte e de leite. Os casos mais graves podem ocorrer em fazendas de cria”, diz o especialista.

Costa é coordenador de território da Boehringer Ingelheim para os Estados do Ceará e Piauí.

O ciclo da bicheira em fazendas de gado

Espécie Cochliomyia hominivorax. Foto: Divulgação
Espécie Cochliomyia hominivorax. Foto: Divulgação

O controle de ferimentos em bovinos deve ser uma prática constante do pecuarista, caso contrário, as feridas atraem a mosca varejeira ou mosca da bicheira (Cochliomyia hominivorax).

Ela é atraída por sangue e secreções, de lesões recentes, que, posteriormente, tornam-se as miíases ou bicheiras.

As larvas desenvolvem-se nos tecidos superficiais dos bovinos, provocando perda de peso e, em casos mais graves, a morte.

“A infestação é muito alta. Cada fêmea da mosca pode pôr de 200 a 300 ovos na ferida. Em questão de horas esses ovos já se tornam larvas”, diz Costa.

As larvas ficam no animal, se alimentando de cinco a sete dias até caírem no chão, segundo o especialista. Já no chão o desenvolvimento até a fase adulta leva um período de 15 dias para assim começar o ciclo novamente.

Impactos da bicheira na produção pecuária

Infecção de bicheira na cavidade bucal em bovino. Foto: Divulgação

O impacto econômico está relacionado à redução da produtividade de carne e leite, desvalorização do couro em consequência das lesões e gastos com medicamentos utilizados no tratamento preventivo e curativo.

O clima quente e úmido favorece a multiplicação desses parasitos. Por isso, nesta época, o produtor deve redobrar a atenção.

A bicheira pode ocorrer em qualquer parte do corpo do animal, onde, por algum motivo, a pele tenha sido lesada (descorna, umbigo mal curado, cortes em geral).

No verão elas ocorrem com maior facilidade, mas há relatos de ocorrência nos rebanhos durante o ano todo, principalmente no nordeste brasileiro, onde o calor predomina.

Controle tecnológico contra a bicheira em bovinos

Infecção de bicheira em umbigo de bovino. Foto: Divulgação

A primeira recomendação é sempre verificar se há feridas ou lesões nos animais. Se identificada uma bicheira, o pecuarista deve fazer uma limpeza com água corrente no local.

“Isso vai remover o tecido morto que estiver na ferida e possíveis larvas”, diz o especialista.

Um produto eficiente que pode ser utilizado logo após essa limpeza é o ectoparasiticida TopLine Spray, da Boehringer Ingelheim.

“Não é um produto tóxico, tem efeito analgésico e calmante trazer uma sensação de frio que alivia o bovino e não arde”, diz Costa.

O medicamento é a base de fipronil que também possui em sua formulação a sulfadiazina de prata 0,09%.

É um antimicrobiano de amplo espectro que previne e trata infecções bacterianas secundárias e frequentes, auxiliando na cicatrização das lesões.

Confira a entrevista no vídeo acima e acompanhe os detalhes de como controlar e prevenir os prejuízos causados pela bicheira na fazenda.

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