Aprenda a regra de ouro para lucrar com pecuária de corte

Saiba qual deve ser o limite dos custos para pecuaristas de cria, ciclo completo ou recria e engorda e como direcionar recursos de forma a aumentar a margem do negócio

Ao longo dos últimos anos a pecuária aumentou sua produtividade, desenvolveu novas tecnologias, encorpou o número de profissionais capacitados, como agrônomos, zootecnistas e veterinários, mas… Conforme contou o consultor Antônio Chaker, diretor do instituto Inttegra, especializado em assessoria de propriedades rurais a partir de métricas gerenciais, “infelizmente nunca também se encontrou tantas fazendas tendo resultado perto do zero ou negativo”.

Então, o que está acontecendo? Na noite da última segunda-feira, 21, em edição especial do Giro do Boi para lançamento do Benchmarking 2018-19, Chaker respondeu que o setor “confundiu duas coisas muito importantes. Uma coisa é margem e outra coisa é produção”, distinguiu. “Só faz sentido eu aumentar a produção se esse aumento for convertido em margem. E a pecuária precisa a cada dia mais de conhecimento e economia de recursos”, detalhou.

O consultor ressaltou que o papel de um bom gestor, um bom líder de uma fazenda de gado de corte é justamente aumentar a distância entre receitas e despesas. Para se transformar nesta pessoa, Chaker diz que há uma regra de ouro para o perfil de cada fazenda, seja de cria, recria e engorda ou ciclo completo.

A regra para criar margem é ter um custo de produção de até 65% para fazendas de cria; 70% no ciclo completo; e 60% na recria e engorda. “Acima disso ele se expõe demasiadamente ao fracasso”, alertou.

Para chegar a este objetivo, Chaker colocou luz no passo a passo. Nas fazendas de cria, o desembolso por cabeça ao mês não pode passar de R$ 34,70; nas de ciclo completo não deve estar superior a R$ 52,40 e, na recria e engorda, não passar de R$ 57,83.

Outra etapa importante é como distribuir a aplicação destes recursos de forma que eles sejam revertidos em produtividade e margem. Chaker resumiu da seguinte forma: usar 25% do custo total de produção com insumos do rebanho; 14% em pastagens; 13% com mão de obra; 7,1% com administração e impostos; 5,5% com manutenção da fazenda e 1% com outras situações.

Lançamento Benchmarking 2018-19 / 1º bloco: Quais são as duas realidades da pecuária brasileira?

Lançamento Benchmarking 2018-19 / 2º bloco: Como transformar sua fazenda em uma máquina de colher bezerro – e dinheiro?

Lançamento Benchmarking 2018-19 / 3º bloco: Pecuarista não pode “tapar o buraco da ineficiência” com dinheiro, diz consultor

Lançamento Benchmarking 2018-19 / 4º bloco: Por que o pecuarista de recria e engorda deve estar atento à “torneira do desembolso”?

Lançamento Benchmarking 2018-19 / 5º bloco: Fazendas mais lucrativas do Brasil pagam mais a funcionários

Lançamento Benchmarking 2018-19 / 7º bloco: Seis fatores que sustentam a margem das fazendas de pecuária mais lucrativas

Umas das propriedades integrantes do estudo de Benchmarking 2018-19 e que se destaca no quesito gestão de finanças é a Agropecuária Pontieri, de Goiatuba, Goiás. Segundo o produtor Guilherme Pontieri, os pontos cruciais para o sucesso da fazenda são foco no negócio, definição de metas claras, manter os colaboradores motivados, com boa atitude, e dinheiro em caixa para estar sempre apto a colocar as ideias em prática.

Veja o 6º bloco completo do especial Giro do Boi para o lançamento do Benchmarking 2018-19 pelo vídeo abaixo:

Benchmarking Inttegra 2018-2019: veja apresentação completa dos números

Sair da versão mobile